27 de julho de 2012

O nosso ego, sempre nos pregando peças...

E um dia os homens descobrirão que esses discos voadores estavam apenas estudando a vida dos insetos. 

Mario Quintana

25 de julho de 2012

"Frii-iour-maindi"

E Jesus me chicoteia enquanto eu rio. Assim termina o sonho, doutor. Acha que eu tenho algum problema? Porque me parece que tudo já foi escrito ou lido ou visto em algum lugar e nenhuma ideia ou esforço me parece natural, nada acontece da maneira que espero. A inspiração flui pelos poros sedenta de nenhuma explicação burocrática. Vamos que vamos, sou todo ouvidos. Criação é vontade, talento e dedicação. Também tenho os meus quadrinhos, fuga solitária para a Zona Negativa ou pro Four Freedons Plaza a qualquer hora. Minha ficção é o meu modo de pensar, tenho Eric Clapton e quando quero um pouco de James Brown, pra bom entendedor meia palavra basta, o resto é resto e a consequência. Quem disse que os padres não fornicam, que os cães não se suicidam e que as plantas em cativeiro no meio da sala não imploram companhia? Acha que estou melhorando? Velhos sonhos mortos, novos amigos e uma rosa que brilha sob a luz de um holofote qualquer, dançando ao som da discotecagem tosca do Valentino no sábado à noite. O que pode permanecer senão as batidas ordinárias que ficam pulsando no meu cerebelo? Eu não consigo distinguir a distância da saudade, coisas sem medida como o tempo e a dor da separação. Enchemos nossos copos e brindamos ao que ainda não conhecíamos, sorrindo calmamente. Enquanto o chão desaparecia, mordidas. Dormindo dentro do carro, pedindo marmita de frango com creme de milho, não comendo a salada. Só vou mostrar uma vez, presta atenção que eu não vou pegar mais. Vem aqui, não vai embora agora não. Ai, meu! Tô quebrada. Eu também. Você leva tudo muito a sério. Vai se foder! Vem logo, tô mandando! A tubaína é um real, só não traz a de limão que eu não gosto. Seu mala. Entrou morcego aqui. Vai você. Tenho que ir trabalhar. Que droga! Abriu? Beijo! Será que isso é muito grave?

Ilsson Siriani